quinta-feira, 3 de maio de 2012

Alunos Paulo Freire 3º A
1º Bimestre

Puritana

A REVOLUÇÃO PURITANA

A guerra civil inglesa estendeu-se de 1612 à 1649, e dividiu o país. De um lado havia os cavaleiros, o exército fiel ao rei e apoiado pelos senhores feudais. Do outro, os cabeças-redondas, visto que não usavam perucas e estavam ligados a gentry, eram forças que apoiavam o parlamento.
O parlamento foi bastante radical em suas ações. Começou por dissolver a câmara estrelada, proibiu o rei de ter um exército permanente, tomou a liderança política e tributária do país, culpou o rei por um levante na Irlanda católica em 1641.
Em 1642, começava a guerra civil. Oxford tornou-se a sede do rei, onde se organizou um exército de 20 mil homens. O apoio veio dos aristocratas do oeste e do norte, juntamente com uma parte dos ricos burgueses , que estavam preocupados com as agitações sociais. Em contra partida o exército do parlamento foi comandado por Oliver Cromwell, originado de uma família de nobres calvinistas. Com ele o exército teve grandes mudanças.
GOVERNO DE CROMWELL
O governo de Oliver Cromwell atendia os interesses burgueses. Quando começou a haver rebeliões na Escócia e na Irlanda, ele as reprimiu com brutalidade. Oliver procurou eliminar a reação monarquista. Fez uma “limpeza” no exército. Executou os líderes escavadores( estes eram trabalhadores rurais que queriam tomar terras do estado, nobreza e clero). Com tantas execuções os menos favorecidos ficaram a “mercê da sorte” e acabaram por entrar em movimentos religiosos radicais.
Uma medida para combater os holandeses e fortalecer o comércio foi os Atos da navegação. Essa lei resumia-se no seguinte: o comércio com a Inglaterra só poderia ser feito por navios ingleses ou dos países que faziam negócios com a Inglaterra.
Em 1653, Oliver autonomeou-se Lorde Protetor, seus poderes eram tão absolutos quanto de um rei. Mas ele recusou-se a usar uma coroa. Embora na prática agia como um soberano. Com apoio dos militares e burgueses, impôs a ditadura puritana, porque governou com rigidez e intolerância, com idéias puritanas. Ele morreu em 1658 e seu filho Richard assumiu o poder. Mas este logo foi deposto em 1659.
A RESTAURAÇÃO STUART E A REVOLUÇÃO GLORIOSA
Após a Richard, Carlos II, da família Stuart, é proclamado rei da Inglaterra em 1660. os poderes de Carlos eram limitados. Por isso ele estreitou ligações com o rei francês Luis XIV, isto logo manchou sua reputação com o parlamento.
Em 1685, morreu Carlos II e seu irmão Jaime II assume o governo. Este tomou medidas drásticas, quis restaurar o absolutismo, o catolicismo( em um país com outras tendências religiosas), também punia os revoltosos com a negação do habeas corpus- proteção a prisão sem motivo legal- o parlamento não tolerou esse comportamento e convocou Maria Stuart, filha de Jaime II e esposa de Guilherme de Orange, para ser rainha . com isso o rei foge para a França e Maria Stuart e seu esposo tornaram-se monarcas ingleses. Esta foi a revolução Gloriosa.
Os novos soberanos tinham alguns deveres. Por exemplo, tiveram de aceitar a Declaração dos Diretos. Esta declaração tirava boa parte doa poderes reais. O rei ficou apenas como um símbolo, pois quem realmente governava era o parlamento. Visto que de acordo com a declaração o rei não podia cancelar as leis parlamentares; o reino poderia ser entregue a quem o parlamento quisesse, após a morte do rei; inspetores controlariam as contas reais; e o rei não deveria manter um exército em épocas de paz. As decisões administrativas passaram a serem tomadas por ministros,e o tesouro ficou sob a direção de altos funcionários. Com tudo isso, houve a criação do banco da Inglaterra, em 1694.

Continuação

Isso gerou os cercamentos, isto é, os grandes proprietários rurais que aumentavam suas terras por ocupar as terras coletivas, transformando-as em privadas. O resultado foi: a expulsão de camponeses do campo e a criação de grandes propriedades para a criação de ovelhas e para a produção de lã.
Para não deixar o conflito entre camponeses e grandes proprietários aumentasse o governo tentou impedir os cercamentos. Claro que com essa ação a nobreza rural, Gentry, e a burguesia mercantil foram fortes oponentes.
NOTA: gentry era a nobreza progressista rural, uma nobreza aburguesada.

DIANSTIA STUART

Esta dinastia iniciou-se após a morte da rainha Elisabeth, em 1603. O primeiro rei foi JAIME I, rei da Escócia. Este, dissolveu o parlamento várias vezes e quis implantar uma monarquia absoluta do direito divino. Infelizmente foi radical, pois perseguiu os católicos e seitas menores, sob o pretexto de estes mesmos estavam organizando a Conspiração da Pólvora em 1605. Muitos que ficaram descontentes começaram a para a América do norte.
Os atritos entre rei e parlamento ficaram fortes e intensos , principalmente depois de 1610.
Em 1625, houve a morte do Jaime I e seu filho , Carlos I, assumiu o poder. Em 1628, com tantas guerras, o rei viu-se obrigado a convocar um parlamento , que foi bem hostil, até exigiram o cumprimento da “petição dos direitos”.
Isto quer dizer, o parlamento queria o controle da política financeira e do exército, além de regularizar a convocação do parlamento. A resposta real foi bem clara: a dissolução do parlamento, que voltaria a ser convocado em 1640.
O rei Carlos governou sem parlamento, mas ele buscou o apoio da Câmara Estrelada, uma espécie e tribunal ligado ao Conselho Privado do Rei. Para reforçar o absolutismo, Carlos I aumentou os impostos, ou seja, começou a cobrar impostos que antes já haviam caído no desuso, como exemplo o ship money, imposto criado para proteger as cidades portuárias de ataques piratas, agora com Carlos esse imposto passou a ser cobrado até mesmo nas cidades de interior, onde dificilmente um pirata atacaria. Também tentou impor a religião anglicana aos calvinistas escoceses( presbiterianos). Isso gerou rebeliões por parte dos escoceses que invadiram o norte da Inglaterra. Com isso o rei viu-se obrigado a reabrir o parlamento em abril de 1640 para obter ajuda da burguesia e da Gentry. Mas o parlamento tinha mais interesse no combate ao absolutismo. Por isso foi fechado novamente. Em novembro do mesmo ano foi convocado de novo. Desta vez ficou como o longo parlamento, que se manteve até 1653.

INGLATERRA DO SÉCULO XVII
Este século foi marcante, visto que o país atravessou duas tormentas, ou movimentos revolucionários que sacudiram as bases monárquicas. A primeira foi a REVOLUÇÃO PURITANA, DE 1640. a segunda foi a REVOLUÇÃO GLORIOSA, de 1688. as duas fazem parte do mesmo processo revolucionário. Por isso o motivo de mencionar revolução e não revoluções da Inglaterra.
Essa revolução foi uma das primeiras manifestações da crise do Antigo Regime, ou forma absolutista de governo. Isso tudo deu base para o pleno desenvolvimento do capitalismo e da revolução industrial do século XVIII. De certa forma esta pode ser considerada a primeira revolução burguesa da Europa.
VIDA SOCIAL ANTES DA REVOLUÇÃO
Com a Dinastia Tudor, a Inglaterra teve muitas conquistas, que serviram de base para o desenvolvimento econômico do país. Seus maiores representantes foram os monarcas Henrique VIII e Elisabeth I, que entre outros feitos conseguiram: unificar o país,dominar a nobreza, afastar-se do Papa além de confiscar os bens da igreja católica , e ao mesmo tempo criar a igreja anglicana, e entrar na disputa por colônias com os espanhóis. Foram com esses monarcas que ocorreu a formação de monopólios comerciais, como a Companhia das Índias Orientais e dos Mercadores Aventureiros. Isto serviu para impedir a livre concorrência,embora essa ação tenha sufocado alguns setores da burguesia. Como por exemplo os artesões, que se viram obrigados a pagar mais caro por alimentos e produtos usados nos seus serviços. Isto resultou na divisão da burguesia: de um lado, os grandes comerciantes que gostaram da política de monopólio, e de outro a pequena burguesia que queria a livre concorrência.Outro problema era a detenção de privilégios nas mãos das corporações de ofício. Também outra situação problemática era na zona rural, com a alta dos produtos agrícolas, as terras foram valorizadas.


quarta-feira, 14 de março de 2012

Ascenção Napoleônica

O que tornou possível a ascensão de Bonaparte foi a Revolução francesa . Antes da Revolução, os altos postos do exército francês eram reservados aos membros da nobreza. Ou seja, quem não era de origem nobre nunca poderia chegar a general.
 França pós-revolucionária, o exército adotou como critério para selecionar seus oficiais a promoção com base na experiência e no mérito pessoal.
independentemente da origem social, quem tivesse experiência e demonstrasse competência,agora sim poderia galgar postos maiores e chegar a general. Foi justamente esse o caso de Napoleão, que, embora tenha nascido numa família de aristocratas, não era da nobreza da França propriamente dita.
Napoleão tinha apenas 30 anos quando se tornou o primeiro-cônsul e o chefe da república francesa, em 1799. Suas campanhas contra os austríacos na Itália, realizadas nos anos anteriores, davam-lhe crédito para subir ao poder - ainda mais no caótico quadro político dos primeiros anos da Revolução Francesa. A França e seu novo regime republicano eram vistos com reprovação pelo resto da Europa.
Além de seu incontestável gênio militar, dois fatores permitiram a ele a expansão: a restauração da lei e da ordem dentro do país, depois da criação do código napoleônico, e a formação de uma enorme classe militar, sustentada por uma moderna máquina administrativa e capaz de empreender campanhas de longa duração.
Ascensão de Napoleão Bonaparte
Sem dúvida alguma, Napoleão Bonaparte foi um homem de qualidades incomuns. No entanto, ele, assim como qualquer outro mortal, era também um homem de seu tempo. O que tornou possível a ascensão de Bonaparte foi a Revolução Francesa. A Revolução mudou essa situação ao abolir os privilégios da nobreza e considerar que perante a lei todos os homens são iguais (a desigualdade social e econômica continuou existindo, mas, pelo menos no aspecto legal, todos foram considerados iguais). Assim, na França pós-revolucionária, o exército adotou como critério para selecionar seus oficiais a promoção com base na experiência e no mérito pessoal.
Em 1791, durante a primeira fase da Revolução Francesa, o então jovem oficial decide tomar partido da República. Vale lembrar que a Revolução derrubou o absolutismo, mas, inicialmente, manteve a monarquia: a ideia era transformar uma monarquia absolutista em uma monarquia constitucional ou parlamentar. Em setembro de 1792, contudo, foi proclamada a República, pouco depois que as suspeitas de traição do rei Luís 16 foram confirmadas. O ex-monarca foi condenado à morte na guilhotina em janeiro de 1793. Temendo que a Revolução se espalhasse para o resto da Europa, as outras principais potências europeias unem-se numa coligação contra o governo revolucionário da França. Fazem parte dessa coligação as seguintes potências: Áustria, Inglaterra, Províncias Unidas (a Holanda de hoje) e Espanha. A França está sozinha numa guerra contra o resto da Europa unido. Nessa guerra, Napoleão vai encontrar oportunidade para revelar seu talento militar.

Durante o cerco a cidade francesa de
Toulon, Napoleão comanda a artilharia e vence os ingleses, reconquistando a cidade para a França em dezembro de 1793. Por causa dessa vitória, foi promovido a general de brigada quando tinha apenas 24 anos. Seu prestígio se consolida no período em que liderara campanhas contra o exército austríaco na península Itálica e contra os ingleses no Egito.

Alunos do 2º Ano D

O Iluminismo

CONTEXTO
O pensamento ocidental antes tão marcado pelo misticismo religioso, conheceu a partir do século XVIII uma nova possibilidade de construção sustentada no racionalismo. O mundo físico e seus fenômenos deixavam de ser justificados pela religião e passavam a ser explicados pela razão. O Iluminismo foi acima de tudo uma revolução cultural porque propôs uma nova forma de entender  natureza e a sociedade e significou uma transformação profunda na forma de pensar, pois rompeu com a maneira como as pessoas pensavam antes.
Burguesia e o Iluminismo

Ao criticar o Antigo Regime a burguesia foi desenvolvendo sua própria ideologia, baseando-se no seguinte argumento:
 O Estado só é verdadeiramente poderoso se for rico;
 Para enriquecer, ele precisa expandir as atividades capitalistas;
 Para expandir as atividades capitalistas é preciso dar liberdade e poder à burguesia.
O ser humano torna-se produtor do conhecimento.
O pressuposto básico do Iluminismo era a razão, e seu objetivo, encontrar a verdade. Para os Iluministas o conhecimento somente podia ser considerado verdadeiro quando fosse evidente para a razão e para os sentidos.
O que o Iluminismo defendia.
A igualdade jurídica;
 Tolerância religiosa ou filosófica;
 Liberdade pessoal e social;
 Direito a propriedade privada;
 Defesa do contrato como mediador das relações sociais

O que o Iluminismo Combatia.
O absolutismo monárquico;
O mercantilismo – A intervenção do estado na vida econômica;
 A tese do direito divino dos reis;
 A participação da igreja na vida pública.